Não há dúvida de que nada é melhor do que um bom peixe fresco. O seu sabor único intensifica-se ainda mais quando sabemos que somos nós que o capturamos. O prazer da sua captura reflecte-se também no sabor do seu prato. Estas generosas ofertas que o mar nos dá merecem sempre ser confeccionadas da melhor maneira possível. Aqui, deixo um conjunto de alternativas à normal preparação das espécies comummente capturadas nas nossas costas marítimas.
Todas estas sugestões são da autoria da Neuza Costa e foram retiradas do site www.saborintenso.com
O Robalo
Robalo no forno com presunto e ervas
Filetes de Robalo com molho de mexilão
A Dourada
A par do robalo, a dourada é um peixe suculento e saboroso. A carne deste peixe é branca devido à sua alimentação baseada quase exclusivamente em marisco. Bastante apreciada nos países mediterrânicos, a dourada faz indiscutivelmente parte da nossa gastronomia. É também um dos peixes bastante ambicionados pelos pescadores e na mesa, a dificuldade da sua captura, é compensada totalmente.
Dourada no forno com alho francês
Arroz de dourada com gambas
Arroz de dourada com gambas
O Pargo
O pargo é por definição um dos peixes mais requisitados nas cozinhas dos grandes chefes. É extremamente versátil na sua confecção. É um peixe com poucas espinhas, de carne branca e tenra. Normalmente é grelhado ou é confeccionado no forno, onde juntamente com outros alimentos e temperos ganha um intenso sabor. São conhecidas vários tipos de pargos e ainda que nos videos surjam ocasionalmente algum dos vários tipos, qualquer um pode ser preparado e confeccionado de acordo com o vídeo, pois é certo que o seu sabor não sairá prejudicado.
Pargo-mulato assado com coentros
Pargo assando com estrajão
Pargo assando com estrajão
O Safio
O Safio é um peixe muitas vezes apelidado por "enguia do mar". Todavia este peixe pode ser bem mais que uma "enguia do mar", pois numa idade adulta em que deixa de chamar safio e passa a chamar-se congro, pode muito bem atingir mais 70 kg. A sua carne não é tão branca quanto a carne dos anteriores peixes mas é extremamente saborosa. Normalmente é um peixe desprezado pelos consumidores, devido às espinhas que possuem. Embora muitas gente não saiba, as espinhas do safio tendem a diminuir à medida que avançamos da barriga em direcção à cabeça. Um amigo e colega de pesca já muito mais experiente deu-me o seguinte conselho: desde que a posta de safio seja aberta (semelhante à forma da posta de salmão) estará sempre boa para comer. O safio é assim bastante usado para caldeiradas, mas deixamos aqui outra alternativa.
Safio com molho branco
A Lula
Um dos vários moluscos existentes na nossa costa. A sua captura porém não é tão regular como à do polvo ou do choco mas tem lugar no pódio destes moluscos. A sua carne é deliciosa, macia e se limpa é de cor branca. Possuí a chamada "tinta" que é na verdade uma substância líquida composta essencialmente por feromonas que permitem confundir os seus predadores, sendo também bastante apreciada pelos consumidores, principalmente se a lula for grelhada. Não existe perigo para o corpo humano ao ingerir esta substância, tudo passa por uma questão de gosto ou de sabor. Pessoalmente não apreciador da "tinta" da lula, não tanto por uma questão de sabor, mas sim por uma questão mais psicológica. Para aqueles que gostam e ousariam experimentar algo diferente aqui ficam quatro deliciosas receitas.
Lulas com molho de tomate
Caril de lulas e camarão
Lulas recheadas com cogumelos e bacon
O Polvo
É espécie presente em toda a costa e em geral em todo o mar mediterrâneo e oceano Atlântico. A sua captura pode realizar-se tanto a baixa profundidade como pode exigir que se faça em águas bem profundas. A sua brilhante técnica e método de camuflagem fazem desta espécie o rei do disfarce. Essencialmente o polvo é quase todo ele, aproveitado para a confecção. Basta apenas retirar o "bico de papagaio" e alguns dos seus órgãos interiores que estão alojados na "cabeça". O polvo à semelhança da lula também possuí tinta mas ao contrário desta, a "tinta" do polvo não é utilizada para a sua confecção. Merecem registo neste pequeno comentário duas dicas de extrema importância. Existem duas formas de preparar o polvo, uma delas consiste em dar-lhe várias pancadas de forma a tornar lisas as suas libras que depois ficam bastante duras sem que seja feito este processo, e outra das formas, por mim recomendada e mais indicada, é congelar o polvo durante 48horas e só depois consumi-lo. Há ainda quem goste de lhe retirar "as peles" contudo estas não apresentam nenhum perigo para o consumo humano, desde que se mantenham os cuidados de higiene normais e exigidos na confecção de comida. A presença dessas "peles" em nada prejudica o sabor do prato, pelo contrário, acrescenta-lhe textura e impede que o polvo fique "seco". Portanto, quando presentearem os vossos familiares com um belo polvo, ficam aqui algumas sugestões para o prato principal.
Polvo guisado
Arroz de povo malandrinho
Polvo assando no forno
Polvo em vinho tinto
O Choco
O choco é conhecido por ser outro dos réis do disfarce. Quanto a mim, a sua captura é mais exigente que a captura do polvo. O choco é também conhecido pelo nome de siba quando atinge um tamanho considerável. A sua carne é mais tenra que a carne do polvo e, tal como sucede em relação a este, há quem prefira retirar as "peles" de padrão zebra, sem que no entanto tal represente qualquer perigo. A sua "tinta" também é bastante apreciada tal como a "tinta" da lula. Ao contrário do polvo, este molusco não necessita de ser "amaçado", nem é conveniente que o seja, bem como não necessita de ser congelado embora não haja problema quanto a esse aspecto. Uns bons chocos são o suficiente para uma família, e se bem preparados e cozinhados, deliciarão miúdos e graúdos. O choco é presença habitual nas nossas costas e está incluído também na dieta mediterrânea. Para quem procura alternativas ao choco grelhado ou guisado, aqui ficam algumas sugestões apetitosas.
Arroz de choco
Choco com açafrão
Choco com grão
O Linguado
O linguado é um peixe chato, castanho no dorso e branco na barriga e apresenta uma carne branca, macia e basicamente sem espinhas. É um peixe bastante apreciado, sendo considerado por Luís XVI como um prato real. Não se deve confundir o linguado com a solha ou o pregado, pois ainda que estes sejam semelhantes ao linguado, não se trata de um outro tipo desta espécie mas sim, de uma outra espécie, no sentido próprio da palavra. O linguado é por isso um dos peixes mais cobiçados e o seu preço de mercado reflecte bem a sua procura. A sua carne branca e quase sem espinhas, confere a este peixe uma extrema versatilidade naquilo que respeita à sua confecção. É bastante prática a sua preparação e o sabor da sua carne, faz com que quase todos os possíveis acompanhamento sejam bons. No entanto aqui fica uma sugestão para uma acompanhamento diferente.
Linguado com molho de cogumelos e camarão


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